É sempre agonizante noticiar desastres naturais.

É quando o ser humano perde completamente a capacidade de controlar o que está ao seu redor. Ficar à mercê do que é mais forte, sem saber quando vai terminar.

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Especialmente em se tratando de desastres que não podem ser previstos. Uma chuva, um tufão, hoje já temos meios de saber – com certo grau de precisão – qual será o impacto, a área atingida, tomar medidas de prevenção.

Com um terremoto, como o que sacudiu Taiwan na noite de terça (2), não.

#Shorts – Terremoto mais forte em 25 anos em Taiwan deixa mortos e centenas de feridos

Com a experiência de já ter vivido em um país onde tremores de terra ocorrem todos os dias (alguns fracos, a gente nem percebe, mas estão lá…), aprendi que preparação é tudo.

Entender, apenas pelo barulho ao redor e o tempo de duração, o risco que se está correndo. Ter os itens obrigatórios de emergência (capacete, água estocada, comida enlatada, um rádio, lanterna e pilhas). Conhecer os vizinhos para lembrar a quem pedir ou oferecer ajuda. Saber o caminho para abrigos mais próximos.

Sem falar na adaptação de uma casa: móveis grandes não podem ficar perto das portas (pois podem tombar com o tremor e bloquear uma passagem); mesa da sala sempre de madeira, nunca de vidro (para poder se proteger debaixo dela, se o teto desabar); TV’s, vasos de flores e outros objetos menores – todos presos com adesivos, para não irem ao chão.

E, por fim, torcer para que o local onde você está tenha construções preparadas para suportar o tremor. No Japão, as regras de construção podem ser modificadas a cada experiência e consequência de um grande terremoto. Fora o avanço da tecnologia, que espalhou sensores pelo país para poder avisar quando o tremor vai ocorrer.

Esse aviso vem com alguns segundos de antecedência, coisa de 10, 20 segundos antes de o chão tremer. Parece pouco. Mas o suficiente para acionar o modo de sobrevivência.

Ou se arrepender de não ter se preparado corretamente.