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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    TCU tende a manter salário de militares indiciados

    Avaliação interna é de que representação do MP não deve prosperar

    O Tribunal de Contas da União (TCU) tende a decidir pela manutenção dos salários dos militares indiciados por planejar um golpe de Estado no país. A avaliação é de que a representação feita pelo Ministério Público junto ao TCU não deve prosperar em um eventual julgamento.

    Segundo fontes da Corte de Contas, há problemas de admissibilidade no pedido — ou seja, não caberia ao TCU arbitrar sobre a remuneração dos militares. Afora isso, como a fase da investigação é a do indiciamento — os militares ainda não foram denunciados, muito menos julgados — seria prematuro analisar o tema.

    Reservadamente, um ministro do TCU lembrou que a Corte já negou requerimento semelhante feito em relação ao deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), quando este foi preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco em março de 2018. “Vale o mesmo raciocínio”, disse esse magistrado.

    No requerimento, o MP junto ao TCU disse que os militares são pagos pelos cofres públicos – cerca de R$ 8,8 milhões por ano – para cumprir “o dever funcional de defender a pátria, a garantia dos poderes constitucionais, a lei e a ordem”, mas fizeram exatamente o contrário ao se envolverem na organização de uma trama golpista.

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