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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há oito anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Reativação da comissão de mortos na ditadura abre caminho para a Comissão da Verdade indígena

    Recomendada pela Comissão da Verdade em 2014, criação do grupo nunca ocorreu; estimativa é de que 8.350 indígenas tenham sido mortos no período

    A reativação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) pelo governo federal pavimenta caminho para a criação da Comissão Nacional Indígena da Verdade — uma recomendação de 2014 que, uma década depois, ainda não saiu do papel.

    A necessidade de apurar as mortes de indígenas durante a ditadura militar foi uma das principais sugestões da Comissão Nacional da Verdade (CNV) — a estimativa é de que pelo menos 8.350 indígenas tenham sido assassinados no período.

    Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) tem essa pauta como prioritária, mas a iniciativa acabou encontrando uma série de entraves políticos.

    Embora estivesse sendo cobrado pela militância, a preocupação de Lula era de que a medida pudesse atrapalhar um esforço do novo governo para tentar uma reaproximação com os militares, após os quatro anos de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    A recriação da CEMDP — promessa de Lula ainda na campanha eleitoral e só agora efetivamente cumprida — aponta para uma “mudança de rota” do Palácio do Planalto em relação ao tema, animando as lideranças indígenas.

    No MPI, a ideia é separar as apurações por povos e produzir relatórios personalizados, já que cada etnia tem as suas particularidades. A comissão contaria com representantes das próprias comunidades tradicionais.

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