Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Luísa Martins
    Blog

    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    PGR pede arquivamento de inquérito contra Renan, Braga e Jucá

    Manifestação foi encaminhada ao STF; em setembro, a PF havia indiciado os políticos

    O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento de um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR).

    A investigação apura pagamento de propina por parte do grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Pharma) aos políticos, entre 2013 e 2015, em troca de um suposto favorecimento em votações no Senado Federal.

    Em setembro, a Polícia Federal (PF) havia indiciado os políticos, identificando crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, não concordou.

    Gonet afirma que, de fato, há indícios de notas fiscais falsas emitidas pela Hypermarcas e suas subsidiárias em favor de empresas vinculadas a Milton Lyra Filho, apontado como lobista do MDB e operador do esquema investigado.

    Porém, segundo o procurador-geral, não foi possível comprovar o envolvimento de Renan, Braga e Jucá nas irregularidades. “Não há evidências que demonstrem que os parlamentares foram destinatários finais das vantagens ilícitas”, diz Gonet.

    A manifestação da PGR acrescenta que mesmo os relatórios de inteligência financeira dos senadores não estabelecem qualquer conexão com o contexto, nem corroboram o que narraram delatores em seus acordos de colaboração premiada.

    Os relatos fornecidos pelos delatores são testemunhos indiretos – o famoso “ouvi dizer”, destaca o procurador-geral – que “carecem de valor probatório substancial para justificar a deflagração da persecução penal”.

    Gonet pediu que, com o arquivamento do inquérito em relação aos parlamentares, a investigação prossiga em primeira instância – na Justiça do Distrito Federal – para apurar a participação de outras pessoas que não têm foro na Corte.

    O parecer será examinado pelo relator da investigação na Corte, o ministro Edson Fachin. A praxe é que o Supremo siga a linha da PGR em casos criminais, uma vez que o Ministério Público é o órgão acusador no sistema de Justiça.

    As defesas de Renan, Braga e Jucá celebraram o parecer da PGR. Desde o início da investigação, em 2018, os advogados alegam não haver provas além da palavra dos delatores e citam tentativa de criminalização da política.

    A CNN tenta contato com a defesa de Lyra e com a Hypera Pharma.

    Silvio Almeida é o 6° ministro que deixa governo Lula em menos de 2 anos

    Tópicos