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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há oito anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    PGR deve incluir Bolsonaro em “primeiro lote” de denúncias

    Fatiamento das acusações agilizaria julgamento no STF

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve dividir em blocos a denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro no “primeiro lote”.

    Em fase de ajustes finais pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, a acusação deve ser formalmente apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no mês de fevereiro.

    Interlocutores de Gonet afirmam que a denúncia deve ser “fatiada” com base em diferentes núcleos de atuação apontados pela Polícia Federal (PF), que indiciou 40 pessoas pela trama golpista.

    O primeiro bloco deve focar nos líderes da organização criminosa, o que incluiria Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, que está preso por suspeita de obstrução das investigações.

    Entre integrantes do Supremo, o fatiamento da denúncia é considerado bem-vindo. A avaliação é de que isso poderia agilizar o julgamento, permitindo que pelo menos o caso de Bolsonaro e Braga Netto seja concluído em 2025.

    Para uma ala de ministros, o cenário ideal é que a discussão envolvendo os “protagonistas” do golpe não se estenda para 2026, para evitar uma “contaminação” das eleições gerais no próximo ano.

    O recebimento da denúncia pela Primeira Turma do STF deve ocorrer ainda no primeiro semestre. Para isso, a Corte estuda aumentar, inclusive, a frequência das sessões do colegiado.

    Hoje os ministros da Primeira Turma se reúnem de 15 em 15 dias, mas há a possibilidade de as sessões voltarem à periodicidade semanal, como ocorria no auge da Operação Lava-Jato.

    Além do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os atos antidemocráticos, fazem parte da Turma os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

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