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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Mobilização no RS tira forças policiais da Amazônia e afeta combate ao garimpo ilegal, diz governo

    Mobilização de efetivo da PF, PRF, Forças Armadas e Força Nacional "não pode ser ignorada", informa União ao Supremo

    Os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul não se restringem ao Estado e estão afetando até mesmo o combate ao garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia.

    A informação consta em um documento enviado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.

    Barroso pediu que o governo federal se manifestasse sobre supostas falhas apontadas pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) quanto ao enfrentamento à atividade garimpeira nos territórios onde vive o povo Munduruku.

    A União citou que a destinação, ao Rio Grande do Sul, de agentes das Forças Armadas, da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, além de viaturas e aeronaves, tem afetado as operações na Amazônia.

    “Não se pode ignorar a existência de relevante fator circunstancial superveniente, qual seja, o recente evento climático extremo que atingiu o Estado do Rio Grande do Sul, a exigir intensa mobilização de efetivos de diferentes órgãos federais”, diz o documento.

    A União também argumenta que as ações do governo federal estão seguindo o cronograma já previsto anteriormente e que qualquer alteração, neste momento, “pode desorganizar” uma atuação planejada em conjunto entre diferentes ministérios.

    Por outro lado, afirmou que a PF tem intensificado ações na região, “com foco na descapitalização e desarticulação de grupos criminosos que lucram com a atividade da mineração ilegal”.