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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há oito anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Investigação sobre “Abin paralela” pode turbinar ação contra Bolsonaro no TSE

    Relatório da PF reforça tese de "ecossistema de desinformação", dizem fontes

    A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto esquema de espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro traz elementos que podem turbinar uma ação a que o ex-presidente ainda responde no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Fontes que acompanham o caso afirmam que as evidências em torno de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) “paralela” reforçam a tese de que Bolsonaro se utilizou de um “ecossistema de desinformação” na campanha de 2022.

    A ação que tramita no TSE não tem movimentações processuais desde novembro do ano passado, mas há a expectativa de que, com um eventual compartilhamento de provas, a tramitação acelere.

    Segundo a PF, agentes da Abin sob o governo Bolsonaro atuavam para espalhar “fake news” contra adversários políticos do ex-presidente e contra o sistema eleitoral como um todo.

    “Ações clandestinas eram realizadas por meio do aparato estatal para atacar instituições, mediante a difusão de notícias falsas contra opositores, inclusive atacando todo o aparato eletrônico de votação”, diz o relatório.

    As provas já foram compartilhadas com outros inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), como o das “milícias digitais”. Agora, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja coligação é autora da ação no TSE, defendem que o relatório também chegue ao TSE.

    A Corte Eleitoral já declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos em dois processos: o da reunião com embaixadores na qual atacou o sistema eleitoral e o do uso político das festividades de 7 de Setembro.

    A ação que investiga o abuso de poder pelo “ecossistema de desinformação”, ainda em fase de diligências e sem data definida para julgamento no TSE, pode significar mais um revés para o ex-presidente.

    Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as provas apresentadas no relatório da PF.

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