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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há oito anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Futuro das agências reguladoras gera embate no governo

    Após crise do apagão envolvendo a Aneel, AGU discute a criação de um órgão supervisor; ministro dos transportes é contra

    A criação de um órgão supervisor para monitorar as atividades de todas as agências regulatórias do país tem gerado um embate interno no âmbito do governo federal e está longe de um consenso.

    A possibilidade está sendo estudada por um grupo de trabalho da Advocacia-Geral da União (AGU), na esteira da crise do apagão envolvendo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    O grupo foi criado a partir de um pedido feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao advogado-geral da União, Jorge Messias. O objetivo é elaborar a minuta de um projeto que será enviado ao Congresso Nacional para modificar a legislação regulatória brasileira.

    A ideia de instaurar uma instância coordenadora, no entanto, tem gerado críticas por parte de alguns ministros – entre eles, Renan Filho, dos Transportes, que já se manifestou publicamente contra esse modelo.

    Nesta quinta-feira, durante o evento “MoveInfra: 30 anos da Lei de Concessões”, Renan disse que não gosta da ideia e que tem conversado com outros colegas de Esplanada a respeito do tema.

    “Imagina um ‘superdiretor’ da ‘superagência’ que regula todas as agências do Brasil, definindo política pública desde a Ancine [Agência Nacional do Cinema] até a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis]?”

    Para o ministro, a proposta lembra a tentativa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro de colocar “todos os problemas do Brasil a cargo do ‘posto Ipiranga’”, uma referência ao apelido do então ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não deu muito certo”, argumentou.

    Já na AGU, interlocutores de Messias dizem que o debate sobre o órgão supervisor está em sintonia com o que vem sendo observado em vários outros países do mundo, como os Estados Unidos, o Canadá e a Inglaterra.

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