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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há oito anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Emendas: governo promete portaria em 15 dias após sanção do Orçamento

    Uma "audiência de contextualização" com o ministro Flávio Dino, do STF, está prevista para ocorrer nesta quinta (26)

    O governo federal e o Congresso Nacional propuseram um plano de ação conjunto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar destravar o impasse envolvendo a falta de transparência nas emendas parlamentares.

    Uma “audiência de contextualização” com o ministro Flávio Dino, relator das ações na Corte, está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (27), mas já foram anexados aos autos os detalhes do que será apresentado na reunião.

    Além de melhorias na rastreabilidade, o governo promete, em até 15 dias após a sanção do Orçamento de 2025, uma portaria para definir prazos e procedimentos para a operacionalização das emendas.

    Essa portaria deve deixar claro, por exemplo, que a não aprovação de planos de trabalho prévios ao empenho das “emendas pix” será considerada um impeditivo para a sua execução.

    No caso das emendas coletivas, como as de comissão e de bancada, o texto vai prever a obrigatoriedade de formalização, em ata padronizada, dos autores da proposição e dos beneficiários das verbas.

    Além disso, “será possível definir os conceitos e cardápios de programações estruturantes, prioritárias e de interesse nacional e regional que poderiam ser objeto de emendas”.

    No documento enviado ao STF, a União diz que estuda ajustes estruturais de longo prazo no planejamento orçamentário para absorver as inovações legislativas envolvendo as emendas parlamentares.

    Uma das hipóteses é aprimorar o Plano Plurianual para que o instrumento “oriente a alocação de recursos orçamentários de forma mais objetiva, inclusive os recursos oriundos de emendas parlamentares”.

    A ideia seria um grande cruzamento de dados entre os empreendimentos e beneficiários elegíveis, as demandas feitas pelos entes federativos aos ministérios e as indicações parlamentares.

    Apesar das promessas de avanços, o plano encaminhado a Dino admite que R$ 649 milhões em “emendas pix” de 2024 ainda estão sem registro de plano de trabalho.

    Entretanto, aponta que estão em curso uma série de auditorias por parte da Controladoria-Geral da União (CGU), que atua em várias frentes, uma delas com conclusão prevista já para março.

     

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