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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Dino quer proibir bets com um único atleta

    Voto do ministro busca evitar novo "caso Paquetá"

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), defende que sejam proibidas as bets esportivas envolvendo um único atleta. A ideia é evitar que os jogadores “cavem” pênaltis ou cartões para beneficiar o mercado de apostas.

    Dino deixou sua posição clara no julgamento que referendou a liminar do ministro Luiz Fux, que antecipa pontos da regulamentação do governo que só entrariam em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025.

    Esse ponto do voto de Dino acabou não prevalecendo, mas indica uma das discussões que podem vir à tona no julgamento de mérito em plenário, que deve ocorrer no primeiro semestre do próximo ano.

    Para o ministro, não podem existir “apostas em que o acontecimento ensejador de ganhos dependa da vontade de um único indivíduo”, porque isso dá “alta abertura para manipulação” e viola o direito do consumidor.

    “Está em questão o próprio conceito de aposta, que não pode ser fraudado pela vontade individual de uma pessoa que dolosamente produz um fato ensejador de ganhos para poucos e perdas para muitos”, escreveu.

    A ideia de Dino é inibir casos como o do jogador Lucas Paquetá, meio-campista da seleção brasileira e do West Ham, que foi indiciado pela federação inglesa por forçar o recebimento de cartões amarelos em quatro jogos da Premier League.

    Até o momento, as determinações de Fux – confirmadas por unanimidade pelos demais – são duas: proibir a publicidade das bets para crianças e o uso, em apostas online, das verbas de benefícios sociais.

     

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