Amapá “se defende” no STF sobre índices ambientais
Em meio a impasse em torno da exploração de petróleo, estado anuncia queda nos focos de calor e programa milionário para combater queimadas
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Em meio à polêmica em torno da exploração de petróleo na Margem Equatorial e seus impactos para o meio-ambiente, o Amapá “se defendeu” juridicamente sobre a preservação de florestas no Estado. Em manifestação enviada na noite desta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Estado disse que os focos de calor caíram 25% em um ano e que, em 2025, vai dar início a um programa milionário contra queimadas.
Segundo os dados apresentados, os focos de calor diminuíram de 2.478 em 2023 para 1.972 no ano passado, “resultados expressivos que demonstram o compromisso do Estado na salvaguarda ambiental”. No documento, também consta que o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá vai iniciar, neste ano, a implementação do projeto de prevenção e combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas.
De um valor total de R$ 45 milhões captado junto ao Fundo Amazônia, cerca de R$ 26 milhões serão liberados já nas próximas semanas, para estruturar o programa e ampliar a frota de veículos operacionais. Nesta quinta-feira, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (Davi-AP), disse que o mundo não pode “cantar de galo” sobre a capacidade do Amapá de preservar o meio-ambiente.
Alcolumbre tem falado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a exploração de um poço de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas, e ambos trabalham para tentar acelerar a liberação. A postura de Lula tem causado um desgaste interno com a área ambiental do governo. O presidente chegou a sugerir que o Ibama faz “lenga-lenga” e que estaria atuando “contra o governo”.