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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Pacheco evita vincular eventual ministério a 2026 e ao PSD

    Prestes a deixar presidência do Senado, político mineiro é cotado para assumir ministério comandando pelo vice-presidente Geraldo Alckmin

    Prestes a deixar a presidência do Senado e cotado para ganhar um posto na Esplanada dos Ministérios, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) tem apresentado suas condições para ingressar no governo.

    A primeira delas é que o eventual convite fique na cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não atrelado ao PSD. A medida o blindaria de ter a obrigatoriedade de atender as demandas do partido de Gilberto Kassab.

     

     

    Outro ponto da negociação é evitar uma vinculação direta entre um ministério e uma candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026 para ser o palanque eleitoral no maior colégio eleitoral do país.

    O argumento é que a definição de uma candidatura depende do cenário local mais próximo do pleito. O estado hoje é governado por Romeu Zema (NOVO) e com lideranças de direita em ascensão como o senador Cleitinho (Republicanos-MG) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Já citado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, agora ganha força no governo a defesa que Pacheco fique com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), hoje comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

    A defesa para entregar a pasta para Pacheco é que ele poderia melhorar a articulação com o empresariado mineiro. Hoje, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) é comandada pelo empresário Flávio Roscoe alinhado com a direita mineira.

    Outro ponto em favor do presidente do Senado é que ele poderia abrir portas para Lula no estado governado por Zema, que se mantém crítico ao Palácio do Planalto.

    A ida de Pacheco para o MDIC, porém, envolveria mexer com o Alckmin. O vice-presidente é citado como uma alternativa para o Ministério da Defesa, em substituição do ministro José Múcio Monteiro que já demonstrou interesse em deixar o cargo.

    Outra ala do governo, porém, avalia que Alckmin não imporia dificuldades em ficar só na vice-presidência caso Lula passasse a ele mais demandas nesta segunda metade do mandato.

    A expectativa é que Lula comece a planejar as mudanças no tabuleiro no governo após a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado que ocorre nesta sábado (1º).

    Além de buscar acomodar Rodrigo Pacheco, Lula também pode abrir espaço para Arthur Lira, que deixará a presidência da Câmara.

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