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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Mesmo sem salário, Braga Netto seguirá despachando no PL no Rio

    Suspensão do salário foi uma medida preventiva adotada pela defesa do presidente do partido

    Apesar de ter o salário cortado pelo PL, o general Walter Braga Netto disse que seguirá despachando no diretório do partido no Rio de Janeiro, onde quer continuar colaborando na articulação das eleições municipais. A justificativa é que ele segue filiado na legenda e, portanto, manterá as atividades partidárias.

    Alvo da investigação por suspeita de tentativa de golpe de Estado, Braga Netto está proibido de manter contato com outros alvos do inquérito, entre eles o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    De acordo com interlocutores do partido, a suspensão do salário de R$ 40 mil de Braga Netto foi uma medida preventiva adotada pela defesa de Valdemar. Como mostrou o analista Pedro Venceslau, o coronel Marcelo Câmara, que está preso por suspeita de golpismo, também teve a remuneração de R$ 20 mil cortada.

    Ao longo de 2023, Braga Netto, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, recebeu R$ 386 mi do PL, onde ocupava o cargo de secretário de Relações Institucionais. O general atuava na organização da estratégia das eleições municipais deste ano.

    Ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Braga Netto está passando a maior parte do tempo no Rio de Janeiro desde que foi alvo da operação da Polícia Federal no dia 8 de fevereiro.

    O general esteve em Brasília na quinta-feira (22) para prestar depoimento. Ele optou por ficar em silêncio. E, segundo pessoas próximas, já retornou à capital fluminense.

    Quando estiver em Brasília, Braga Netto deverá dar expediente na sede do diretório do PL do Distrito Federal, que fica em um prédio diferente do PL nacional, onde Valdemar e Bolsonaro têm escritório.

    Em nota divulgada nesta tarde, o PL informou que os contratos de Braga Netto e Câmara ficarão suspenso até eles seguirem impedidos de trabalhar.

    “Com relação à suspensão dos contratos de trabalho dos senhores Marcelo Costa Câmara e Walter Souza Braga Netto, o Partido Liberal informa que, conforme reiterada jurisprudência, havendo impedimento temporário na prestação de serviços em decorrência de prisão preventiva ou cautelar diversa que gere, igualmente, impedimento na execução das atividades laborais, o respectivo contrato deve ser suspenso enquanto perdurar tal situação”.