Em Israel, Tarcísio e Caiado devem visitar local atacado pelo Hamas e conversar com sobreviventes
Início da visita oficial dos governadores está marcado para o dia 18 de março
Convidados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a visitar Israel, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), devem ter ao menos cinco dias de agenda oficial no país do Oriente Médio, entre os dias 18 de 22 de março.
A programação, segundo apurou a CNN, inclui visita ao local onde o Hamas cometeu ataques durante um festival de música eletrônica, em 7 de outubro, além de conversa com sobreviventes à ação terrorista. Eles também devem ser levados ao Museu do Holocausto.
Os governadores vão se reunir com o presidente Isaac Herzog e com o primeiro-ministro de Israel. Há ainda a possibilidade de uma visita a um centro de inteligência e estratégia das Forças de Segurança israelenses.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também foi convidado, mas recusou, alegando já ter compromissos programados para o período.
O início da visita oficial dos governadores está marcado para o dia 18, justamente quando se completará um mês da polêmica declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ao criticar a ofensiva de Israel em Gaza, o petista citou o Holocausto.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse a jornalistas durante viagem à Etiópia.
A declaração desencadeou uma crise diplomática. Lula foi declarado persona non grata, e o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi chamado de volta pelo presidente. Ainda não há previsão para o retorno do diplomata, o que indica que a relação entre os dois países segue estremecida.
Convite a Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também recebeu o convite de Benjamin Netanyahu, mas ele está proibido pela Justiça de deixar o paio. Seu passaporte foi retido em fevereiro, quando foi alvo da operação da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O convite de Netanyahu a Bolsonaro e a governadores de direita foi considerado por integrantes do governo brasileiro como mais um capítulo da provocação israelense ao presidente Lula.