Defesa de general Mario Fernandes pede revogação de prisão
General apontado pela PF como autor de plano para matar Lula Alckmin e Moraes está preso desde 19 de novembro
A defesa do general Mario Fernandes, indiciado por tentativa de golpe de Estado, pediu para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar a prisão do militar.
O requerimento foi protocolado na noite de terça-feira (17) pelo advogado Marcus Vinícius Figueiredo na Corte.
O general está preso desde o dia 19 de novembro, quando foi alvo da Operação Contragolpe da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde ficou preso inicialmente. E
m 5 de dezembro, ele foi transferido para Brasília, onde está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), sob custódia do Comando Militar do Planalto (CMP).
De acordo com a Polícia Federal, o general Mario Fernandes, então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o responsável pela elaboração do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo” quw consiatia no planejamento de executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o próprio ministro Alexandre de Moraes.
“Esse documento foi encontrado pela PF no HD do general Mario Fernandes e não foi entregue a ninguém. Não há uma minuta física”, disse à CNN.
A defesa também afirmou que o general Mario Fernandes não estuda uma delação premiada.
O relatório final da PF aponta que documento com o “planejamento operacional” para realizar o assassinato foi impresso pelo general da reserva no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.
A data da impressão do documento foi 9 de novembro de 2022, quando Bolsonaro ainda residia no local. Dias antes, o então presidente havia sido derrotado por Lula no segundo turno da eleição.
De acordo com o documento, uma segunda impressão do plano foi feita no Planalto em 6 de dezembro de 2022.
Novamente, o general da reserva foi responsável. Na ocasião, Bolsonaro também se encontrava no Palácio do Planalto.
“Conforme exposto, fica evidenciado que, no dia 06/12/2022, no horário em que o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, general Mario Fernandes, imprimiu o documento “Plj.docx” (18h09min), possivelmente relacionado ao planejamento operacional da ação clandestina para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes e assassinar o presidente e vice-presidente eleitos Lula e Geraldo Alckmin. O então presidente da República, Jair Bolsonaro, também estava no Palácio do Planalto”, cita o relatório da PF.