A bancada de vereadores do PL começou o ano de 2025 demonstrando insatisfação com o espaço concedido ao partido no secretariado de Ricardo Nunes (MDB).

A reclamação, que já chegou aos ouvidos do prefeito, é que a legenda de Jair Bolsonaro não deve assumir cargos em pastas relevantes — e com orçamentos robustos.

O desenho fechado, até agora, contempla os liberais com três pastas: Verde e Meio Ambiente, Relações Internacionais e Projetos Estratégicos. Essa última vai acomodar o vice-prefeito, Coronel Melo Araújo, o escolhido pelo ex-presidente.

Apesar das negativas de Araújo sobre a possibilidade de assumir o posto na Segurança Pública, integrantes do PL ainda alimentavam a expectativa de que o ex-comandante da Rota pudesse chefiar a área.

O nome escolhido pelo emedebista, no entanto, foi o ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando, atualmente sem partido.

Nos bastidores, a ala incomodada do PL afirma que foram escanteada das negociações, que teriam envolvido apenas Nunes e a cúpula nacional da legenda. Por fim, teriam sido apenas informados sobre a distribuição de espaços.

A sinalização é de que o “mau humor” pode dificultar a vida do prefeito reeleito nas votações da Câmara de vereadores. Se isso de fato isso acontecer, Nunes pode perder — a depender do projeto — 38 votos na Câmara.

Na tentativa de apaziguar ânimos, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já marcou um encontro com a bancada. A reunião deve ocorrer na próxima segunda-feira, 6 de janeiro.

A CNN procurou o prefeito Ricardo Nunes sobre o assunto e aguarda retorno.