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    Julliana Lopes
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    Julliana Lopes

    Foi repórter no SBT e na CNN em Brasília. Agora em SP, Julliana trouxe na bagagem vasta experiência em coberturas no Congresso e no governo federal

    “Lula tem o meu reconhecimento, não o meu voto”, afirma Otoni de Paula

    Parlamentar defendeu políticas públicas implementadas durante gestões petistas e participou de uma oração ao lado do presidente em evento nesta semana

    Alvo de ataques da própria base política, o deputado federal e líder da bancada evangélica Otoni de Paula (MDB-RJ), negou ter se arrependido do encontro e do discurso elogioso feito ao presidente Lula nesta semana.

    Na ocasião, o parlamentar defendeu políticas públicas implementadas durante gestões petistas e participou de uma oração ao lado do mandatário e de pastores.

    “É preciso reconhecer programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, o ProUni, entre outros. Esses programas atingem uma boa parcela de nós, evangélicos, um povo que faz parte da base da pirâmide social. Não se tratava de elogios mas de um reconhecimento”, afirmou o deputado à CNN nesta quinta-feira (17).

    No grupo político do deputado, o discurso repercutiu mal. Nas redes sociais, indiretas foram postadas por colegas de plenário, como o deputado Nikolas Ferreira (PL).

    “Eu iria comentar a atitude patética de alguém falando em nome da igreja evangélica do Brasil, agradecendo ao Lula pela liberdade religiosa, mas deixarei o povo decidir e cabe a Deus julgar”, escreveu o parlamentar do PL.

    O emedebista minimizou as críticas que vem recebendo e o apelido de “ex-bolsonarista”. Aliado de Jair Bolsonaro na gestão passada, Otoni de Paula diz agora defender um outro caminho para lideranças evangélicas que, no entendimento dele, não devem ser “nem Lula, nem Bolsonaro”.

    “O que tomou a igreja foi uma paixão política da qual um dia eu já fiz parte, mas a igreja precisa voltar a sua missão e ao seu papel. As paixões políticas devem ser denunciadas como um grande mal. Isso não significa que eu seja contra Bolsonaro, mas para alguns defender Bolsonaro é mais urgente do que defender a fé”, afirmou o deputado.

    Questionado sobre uma proximidade com o PT, Otoni condenou a mudança de rota, e afirma que segue “conservador, de direita e evangélico”.

    Para o deputado, o partido é responsável por dificultar o diálogo de Lula com o eleitorado religioso.

    “Hoje o voto evangélico é um voto por princípio. Enquanto Lula for devorado por essa pauta identitária e progressista ele poderá ter o reconhecimento, mas não o voto dos evangélicos. Lula tem o meu reconhecimento, não o meu voto. Pra quê se meter em temas que vão afastar ele da igreja?”, completou.

    O tom diferente do parlamentar foi destaque nas eleições municipais do Rio de Janeiro. Sem apoio dos bolsonaristas, Otoni desistiu da própria candidatura para entrar de cabeça na campanha de reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula. A aliança, ao que parece, afinou o relacionamento com o Executivo.

    “Sempre que o presidente quiser dialogar, eu vou”, afirmou o deputado.

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