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    José Eduardo Cardozo
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    José Eduardo Cardozo

    Comentarista da CNN. Advogado e professor de direito da PUC-SP e ESPM/SP. Mestre e Doutor em Direito, foi ministro da Justiça e Advogado-Geral da União no governo de Dilma Rousseff

    Cardozo: Quem age para atingir a democracia tem que ser punido

    “Anistiar aqueles que tentaram organizar esse golpe de Estado significa pura e simplesmente demonstrar que a democracia brasileira não se impõe ao respeito”

    Pessoalmente, eu acho que quem age para atingir a democracia, para acabar com o Estado de Direito, tem que ser punido, sim, afirmou o comentarista José Eduardo Cardozo no programa O Grande Debate desta segunda-feira (17).

    “Uma democracia que se preza não pode anistiar os que tentaram terminá-la. Neste caso, anistiar aqueles que tentaram organizar esse golpe de Estado significa pura e simplesmente demonstrar que a democracia brasileira não se impõe ao respeito e quem não se impõe ao respeito nunca será respeitado. Democracia no Brasil foi conquistada a duras penas, nós derrotamos a ditadura militar, nós derrotamos aqueles que praticavam atos de tortura e instauramos uma Constituição democrática em 1988”, defendeu.

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um ato na Praia de Copacabana no último domingo (16), que dentre as pautas, tinha a anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro.

    O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, criticou, em entrevista à CNN, o ato. De acordo com Costa Filho, o ato estava esvaziado e não teve qualquer proposta política.

    A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) contabilizou mais de 400 mil pessoas na manifestação. Já a Universidade de São Paulo (USP) registrou 18,3 mil manifestantes.

    “A PM do Rio de Janeiro disse 400 mil, PM comandada pelo governador bolsonarista Cláudio Castro. Em síntese, basta ver a realidade das imagens aéreas para você verificar que a imprensa não mentiu. Realmente, para quem queria um milhão de pessoas, como era anunciado, o ato foi bem esvaziado. Evidente, se eu vou falar de um jogo de futebol, por exemplo, dependendo do jogo, 18 mil pessoas pode ser até muito. Um jogo de várzea ou até um bom jogo de campeonato, 40 mil pode ser até que um bom público. Agora, um ato que eu convoco para um milhão de pessoas ter 18 a 40 mil é muito pouco”, disse.

    “É muita gente ainda, a meu ver, e por que eu acho que é muita gente? Porque eu falo da destruição do Estado Democrático brasileiro. Vejo as imagens do que aconteceu no dia oito, aquela quebra, aquelas situações, aqueles acampamentos, todos articulados, como foi apurado pelo Ministério Público, pela Polícia Federal, numa tentativa de fazer um golpe de Estado e criar uma comoção que permitisse Jair Bolsonaro impor um regime autoritário no país”, declarou.

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