Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Iuri Pitta
    Blog

    Iuri Pitta

    Jornalista, mestre em administração pública e governo e professor universitário. Atuou como repórter, editor e analista em coberturas eleitorais desde 2000

    Salário mínimo: centrais sindicais se opõem a mudanças propostas pela Fazenda

    Dirigentes afirmam que aumento real do valor é “marca” da qual Lula não poderia abrir mão

    As principais centrais sindicais do país discordam do governo em uma das principais propostas do pacote fiscal em discussão no Congresso: as novas regras para reajuste do salário mínimo.

    Os dirigentes, que fazem parte da base de apoio social do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendem a manutenção da atual política de correção, com aumento real calculado pelo crescimento da economia.

    “O governo Lula tem a atual política do salário mínimo como um diferencial em relação a outros governos”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

    “Não pode perder essa marca, é isso que levou à vitória em 2022.”

    Juruna foi porta-voz da queixa das centrais em reunião na segunda-feira (16), em Brasília, com o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, na qual movimentos sociais também se opuseram a mudanças em programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    Estavam na reunião representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Intersindical.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a adoção da mesma regra do arcabouço fiscal para o salário mínimo, ou seja, limite de aumento dentro do intervalo entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação – é a banda utilizada para as despesas gerais do governo.

    Atualmente, o mínimo é corrigido pela inflação oficial (INPC) de 12 meses entre dezembro e novembro e o Produto Interno Bruto (PIB) consolidado dos dois anos anteriores.

    Para 2025, a diferença estimada entre as duas regras seria em torno de R$ 10 – hoje, o salário mínimo é de R$ 1.412,00 (houve aumento de 7,7% em relação ao valor de 2023).

    Na mesma reunião, as centrais sindicais indicaram apoio à proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganhar até R$ 5 mil, prometida por Lula na campanha de 2022 e anunciada por Haddad no mês passado.

    Caso o Congresso, que discute a mudança no salário mínimo, aprove a alteração de regras, as centrais devem fazer uma nova rodada de discussões para avaliar como reagir à medida.

    84% das empresas têm dificuldade para preencher vagas qualificadas

    Tópicos