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    Isabel Mega
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    Isabel Mega

    Mineira, gosta de uma boa prosa. Filha do rádio, ouve, observa e explica as complexidades da política direto de Brasília

    Presidente de comissão espera pedido de desculpas de Lewandowski

    Deputado Delegado Paulo Bilynskyj terá encontro com ministro da Justiça após fala sobre polícia "prender mal"

    O novo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), espera uma retratação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, após a fala sobre “a polícia prender mal e o Judiciário ser obrigado a soltar”.

    Bilynskyj se reunirá com Lewandowski na terça-feira (25). É o primeiro encontro com o ministro após ter sido eleito presidente do colegiado.

    De tarde, ele já comanda a primeira sessão deliberativa da comissão e que tem na pauta justamente pedidos de convocação de Lewandowski.

    “Acredito que ele deve apresentar um pedido de desculpas. A fala dele conseguiu ofender todos os policiais do Brasil de uma vez só. É um fato inédito. A polícia está acostumada a receber crítica. Mas de uma vez só o ministro da Segurança Pública conseguir ofender a todos os policiais foi inovador”, afirmou à CNN.

    O presidente do colegiado não descartar trocar a convocação por um convite, quando a autoridade não é obrigada a comparecer. No Congresso Nacional, se costuma fazer isso como um aceno de diálogo.

    “Vou propor ao ministro para que ele venha explicar o planejamento do ministério para este ano”, disse.

    Clima na comissão

    A Comissão de Segurança é formada principalmente por parlamentares originários das forças de segurança. O clima, no geral, foi de descontentamento com a fala de Lewandoswski, algo que se manifestou também em notas públicas de entidades policiais.

    Na sexta-feira (21), o ministro afirmou que a fala foi tirada de contexto e, em uma tentativa de contornar a polêmica, elogiou a eficiência policial brasileira.

    Reservadamente, membros do colegiado afirmam que é preciso colocar Lewandowski no lugar e que a ida do ministro à Câmara, caso confirmada, terá esse fim.

    Parlamentares também não ajudam em um contexto em que o governo tenta “reviver” a PEC da Segurança Pública, que deve ser enviada em abril pelo governo. O texto enfrenta resistência no Congresso Nacional e ainda no ano passado era considerado “natimorto” por parlamentares da bancada da bala.

    O governo tem tentado imprimir mais ritmo no ministério de Lewandowski e retomou a articulação para que o texto possa começar a tramitar. O tema da segurança apareceu em falas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na quarta-feira, o petista disse que não permitirá “a república de ladrão de celular”.

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