Petistas veem PL que anistia presos do 8/1 como morto após denúncia da PGR
Integrantes do PT afirmam que não há pertinência da Câmara dos Deputados em pautar o assunto


A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá o projeto de lei que anistia condenados pelos atos de 8 de janeiro como “morto” após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Integrantes do PT afirmam que não há pertinência da Câmara dos Deputados em pautar o assunto.
“Como é que você vai pautar uma coisa como essa, quando está tendo um julgamento cheio de provas? Não tem a menor condição de prosperar”, avalia o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ).
Outros aliados de Lula são menos categóricos e afirmam ainda ver brechas – mesmo com todo o desgaste gerado à imagem de Bolsonaro –, mas que não necessariamente isso pode ser ruim para o governo.
O projeto de lei da anistia é tido como uma “obsessão” de Jair Bolsonaro. Na avaliação de juristas ouvidos pela CNN, se aprovado, o texto apagaria apenas consequências penais esperadas como consequência do processo que vem pela frente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro não tem condenação criminal, mas uma pena extra-penal de inelegibilidade aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não seria afetada.
Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos- PB), que é quem de fato poderia dar um encaminhamento ao projeto na Casa, não tem dado sinais de que fará isso por agora.
Uma das principais apostas da base bolsonarista no Congresso é fazer mudanças na Lei da Ficha Limpa, com aplicação de uma redução no prazo de inelegibilidade aplicado.