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    Isabel Mega
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    Isabel Mega

    Mineira, gosta de uma boa prosa. Filha do rádio, ouve, observa e explica as complexidades da política direto de Brasília

    Análise: articulação política precisa do centro, mas PT pode falar mais alto

    Manter controle da Secretaria de Relações Institucionais com o partido não teria grandes efeitos no diálogo com o Congresso

    Na bolsa de apostas de Brasília, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem mais chances de manter o domínio na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do que de ceder a pasta a outro partido. Olhar para o centro, no entanto, seria mais efetivo para planejar 2026.

    Na Câmara dos Deputados, petistas fazem coro na defesa do líder do governo José Guimarães (PT-CE) para assumir o lugar do ministro Alexandre Padilha (PT-SP), que assume o comando do Ministério da Saúde a partir do dia 6 de março.

    Com a data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou tempo para resolver uma espécie de “jogo de tetris” da reforma ministerial. Na analogia utilizada por membros do próprio PT, as peças precisam se encaixar no formato e nas cores certas. Se uma cor muda, a composição partidária também muda.

    Nomes do centro como Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PB), figuram entre os cotados. Não houve, no entanto, nenhum convite ou sondagem oficial dos dois.

    Lula tem se colocado satisfeito com os resultados da pasta de Portos e Aeroportos e a intenção de Costa Filho, dizem aliados próximos, seria de ficar no cargo. Um eventual convite, no entanto, seria impossível de ser recusado.

    O cargo de Padilha é visto como essencial para que a reforma ministerial tenha êxito. Mais do que isso, a escolha de quem assume o lugar, pode contribuir mais ou menos para a pavimentação de caminhos para 2026 e fazer o governo tentar retornar à imagem de frente ampla que elegeu Lula em 2022.

    Reservadamente, membros da base governista de fora do PT avaliam que o partido se atrela muito “no agora e no varejo”, o que não ajuda a pensar no futuro e em grandes resultados.

    Na avaliação de parlamentares ouvidos pela CNN, para que a reforma seja efetiva, um substituto na SRI teria que reunir características como: grande capilaridade entre os partidos da Câmara e do Senado; trânsito fácil na planície das duas casas; autoridade para fazer cumprir acordos junto aos outros ministros; proximidade com o presidente Lula; e compromisso com a governabilidade e com o governo.

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