Após o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a lideranças de direita reabilitaram o slogan “In Fux We Trust”.

A frase se popularizou durante a Operação Lava Jato, em uma troca de mensagens entre o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol. Na época, em 2016, Dallagnol relatou que conversou com Fux sobre a força-tarefa da Lava Jato, e Moro respondeu: “In Fux We Trust”.

Com as divergências expostas por Fux no julgamento contra Bolsonaro, dirigentes nacionais do Partido Liberal voltaram a ter esperanças na postura do magistrado.

Os advogados das defesas dos sete réus no rastro da trama golpista, inclusive, avaliam pedir uma audiência com o ministro do STF para expor seus argumentos jurídicos.

A expectativa é de que o julgamento que pode condenar Jair Bolsonaro ocorra até outubro deste ano, também na Primeira Turma.

Durante a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Fux primeiro expôs dúvidas sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O ministro, porém, votou para que as provas contidas no acordo não sejam anuladas.

Pichação em estátua do STF

Na ocasião, o magistrado também antecipou que deve reavaliar a dosimetria em relação à pena imputada pelo relator Alexandre Moraes contra a cabeleireira Débora Freitas, que participou dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando ela pichou “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente ao prédio do STF.

Indicado ao Supremo por Dilma Rousseff (PT), Fux pediu vista do caso após os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Luiz Fux hoje é o mais velho dos ministros da Suprema Corte, com 71 anos. Pela regra atual, ele terá sua aposentadoria compulsória em abril de 2028.