Reunião de Bolsonaro não foi gravada na íntegra, dizem fontes
Ao todo, a reunião teria durado cerca de 3h30, de acordo com aliados de Bolsonaro
A reunião promovida em julho pelo ex-presidente Jair Bolsonaro teve dois momentos, sendo que um deles não foi registrado em vídeo.
Segundo relatos feitos à CNN, o momento registrado em imagem, de cerca de 1h30, foi gravado de maneira intencional.
O presidente tinha o hábito de registrar os encontros ministeriais, como uma forma de utilizar parte do conteúdo nas redes sociais.
No caso de julho, Bolsonaro queria passar uma mensagem aos demais integrantes de sua equipe ministerial, ausentes no encontro, sobre a necessidade de defender a então gestão.
A íntegra da gravação foi liberada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (9) após o vazamento de trechos da reunião.
Era comum que, após o trecho gravado da reunião, Bolsonaro fizesse um encontro, com um grupo selecionado de auxiliares do governo, para discutir temas sensíveis.
Foi o caso, de acordo com aliados do então presidente, da reunião de julho. O encontro teria durado, na íntegra, cerca de 3h30.
A gravação de reuniões ministeriais não era comum nos governos passados. O presidente aproveitava a filmagem para fazer elogios a aliados e críticas a adversários.
Nas governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, eram permitidas filmagens apenas nos inícios ou términos de reuniões para gerar material de imagem para os veículos de imprensa.
Não há norma ou regra que discipline a gravação de audiências no e não há obrigatoriedade para que o presidente registre as reuniões de sua agenda oficial.