O Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, admite a necessidade de abrir espaço para siglas de centro na Esplanada dos Ministérios, na tentativa de reverter a queda de popularidade do governo petista.

O PT, porém, tem cobrado do Palácio do Planalto que a legenda não tenha seu número de postos no primeiro escalão diminuído. Ou seja, a legenda aceita trocas, mas resiste a perdas. Atualmente, a legenda comanda 12 pastas na Esplanada.

Um dos exemplos é a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). O partido já sinalizou ao presidente que não há restrição à nomeação de um nome de uma sigla de centro. Isso, claro, se Alexandre Padilha assumir a Saúde, mantendo o número de ministérios controlados por filiados ou indicados pela legenda.

O mesmo foi sinalizado a Lula sobre a necessidade de mudanças no Ministério do Desenvolvimento Social ou no Ministério do Desenvolvimento Agrário. Nesse caso, a sigla cobra uma compensação, como o Ministério da Pesca, por exemplo, hoje controlado pelo PSD.

Lula planeja uma reforma ministerial desde o ano passado, mas tem demonstrado receio na abertura de espaços estratégicos para partidos de centro.

É o caso da SRI, responsável pela articulação política com o Congresso Nacional. O presidente tem sido aconselhado a nomear um nome de centro, mas tem dado indicações que tem preferência por um petista.