PL busca assinaturas para viabilizar CPI do Cozinha Solidária
ONG associada a programa de distribuição de marmitas é suspeita de funcionar como empresa fantasma
O PL começou a buscar assinaturas para criar a CPI do Cozinha Solidária, do governo federal, na Câmara Municipal de São Paulo. A vereadora Zoe Martínez (PL-SP) baseia o pedido na denúncia contra uma ONG que recebia recursos do governo federal.
A ONG Mover é alvo de apuração por parte da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades no fornecimento de marmitas a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Após a revelação do caso, o Ministério do Desenvolvimento Social suspendeu os pagamentos à entidade, que atuava na capital paulista.
A instituição firmou o contrato de R$ 5,6 milhões com a pasta para fornecer as refeições. No entanto, apesar de ter ficado em 13º lugar no chamamento público, a entidade recebeu uma fatia expressiva dos recursos do programa Cozinha Solidária.
Para que uma CPI seja aberta, são necessárias pelo menos 18 assinaturas dos vereadores. O objetivo da comissão municipal é investigar se outras entidades com contrato com o Cozinha Solidária estão oferecendo o serviço de forma adequada.
À CNN o Ministério do Desenvolvimento Social respondeu que trabalha na forma da lei e adota medidas cabíveis em toda e qualquer irregularidade encontrada em algum programa da pasta.
O PL também apresentou ao Ministério de Desenvolvimento Social um requerimento de informação sobre as atividades da ONG Mover.
O presidente da ONG Mover, Renato Varjão, já informou à CNN que tem realizando uma fiscalização em todas as instituições que servem as refeições. “Nós somos o principal interessado em apurar essas questões”, argumentou.