O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou não ter pressa para pautar em plenário o projeto de lei dos Jogos de Azar.

Segundo relatos feitos à CNN, Pacheco indicou que suas prioridades neste segundo semestre são a renegociação das dívidas estaduais e a compensação para a desoneração da folha de pagamento.

Os dois assuntos também foram elencados como prioridades para agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontro na semana passada com o senador.

Por isso, a proposta que legaliza os jogos de azar no país, já aprovada pela Câmara dos Deputados, deve ficar para depois do primeiro turno das eleições municipais, em outubro.

O adiamento do debate também se deve à pressão da bancada evangélica, que preparou estudos para demover senadores governistas de votar a favor da iniciativa.

O argumento é de que os jogos de azar estimulam o vício no país. Além disso, o Ministério da Justiça receia que a medida pode estimular a lavagem de dinheiro.

Lula, no entanto, já afirmou em entrevista que tende a sancionar a proposta, que tem o apoio tanto da equipe econômica como da ala política.

A expectativa é de que, no longo prazo, a autorização gere uma arrecadação ao governo federal de R$ 22 bilhões.