A oposição na Câmara dos Deputados tem cobrado uma retratação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama Janja da Silva sobre a acusação de que a gestão Jair Bolsonaro (PL) teria levado móveis dos palácios presidenciais.

Nesta quarta-feira (20), foi informado que 261 itens do mobiliário, que inicialmente não foram encontrados, foram localizados pela gestão petista. A informação foi revelada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pela CNN.

No início do atual governo, Lula reclamou da conservação do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto. Disse que “levaram tudo”, durante café da manhã com a imprensa.

Diante da retificação, o PL avalia enviar pedidos de informação para a Casa Civil, responsável pelo patrimônio presidencial.

O partido quer um pedido de desculpas oficiais.

Além disso, a legenda considera apresentar requerimento de convocação do ministro Rui Costa para que ele esclareça o episódio à Casa Legislativa.

Após informar o “desaparecimento” dos itens, a Casa Civil comprou, sem licitação, novos móveis para o Palácio da Alvorada.

Os itens custaram R$ 196 mil. Entre eles, um sofá reclinável para a cabeça e os pés de forma automática, no valor de R$ 65 mil. Além de uma cama de R$ 42 mil.

A Presidência da República, apesar da cobrança dos partidos de oposição, não pretende se retratar. Em nota, tem afirmado que os móveis não foram localizados porque faltou registro oficial da gestão bolsonarista.

Nem Lula nem Janja podem ser convocados a prestar esclarecimentos no Congresso Nacional. O presidente por ser chefe do Poder Executivo e a primeira-dama por não ter cargo oficial.