O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou comentar, nesta segunda-feira (26), a manifestação promovida para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo.

Em evento com jornalistas, o petista foi questionado sobre a manifestação e ele preferiu não responder.

O silêncio faz parte de estratégia do governo federal para não dar mais projeção ao evento promovido na Avenida Paulista.

O entorno de Lula reconhece que Bolsonaro conseguiu mobilizar um número grande de militantes.

O Palácio do Planalto, no entanto, considera que é natural que, passado um ano do pleito federal, Bolsonaro tenha grande poder de mobilização.

Mas acredita que o potencial pode perder força com a ausência de Bolsonaro nas urnas eletrônicas em 2026.

O que mais gerou receio entre assessores presidenciais foi o discurso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O tom messiânico, nas palavras de ministros petistas, é o que tem segurado o voto dos eleitores evangélicos.

E atrapalhado o avanço do petista sobre um eleitorado que tem crescido no país, principalmente em grandes centros urbanos.

Por isso, Lula avalia políticas públicas em direção ao eleitorado religioso é considerado um encontro com pastores evangélicos, no Palácio da Alvorada.