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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    Argentina volta atrás, se junta ao G20 e passa a apoiar igualdade de gênero

    Em outubro, o país discordou de 100% do trabalho do grupo de empoderamento de mulheres, que foi apoiado até pela Arábia Saudita e Egito

    A Argentina teve de ceder nas questões de igualdade de gênero no comunicado final do G20. Em outubro, o país vizinho não concordou com todas as 14 páginas do texto final do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres. Agora, no Rio, o país assinou o documento, inclusive o longo parágrafo 32 que defende a adoção de políticas para igualdade de gênero.

    “Nós encorajamos o desenvolvimento liderado por mulheres e promoveremos a participação e a liderança plenas, equitativas, eficazes e significativas das mulheres em todos os setores e em todos os níveis da economia, o que é crucial para o crescimento do PIB global”, cita o documento aprovado no Rio de Janeiro e que contou com o apoio dos argentinos.

    A assinatura de Javier Milei a esse documento indica uma completa reversão do posicionamento do governo argentino que, em outubro, foi contra 100% das decisões tomadas pelo Grupo de Trabalho. Nem mesmo países com problemas no tema, como Arábia Saudita e Egito, foram contra as decisões do grupo.

    E, assim, o documento divulgado em Brasília após o encontro de outubro veio com o destaque no início: “A presidência brasileira do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres do G20 observa que todos os membros do grupo, exceto a Argentina, concordaram com o conteúdo” de 14 páginas.

    Agora, com o apoio de todos os países, o comunicado final do G20 “reconhece que todas as mulheres e meninas enfrentam barreiras específicas devido a diversos fatores, tais como falta de acesso à saúde, educação, desenvolvimento da carreira, igualdade salarial e oportunidades de liderança”.

    O texto emenda e cita que “a violência baseada em gênero, inclusive a violência sexual contra mulheres e meninas, é preocupantemente alta nas esferas pública e privada”. Por isso, o grupo condena “todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas e lembramos nosso compromisso de acabar com a violência baseada em gênero, inclusive a violência sexual, e combater a misoginia on-line e off-line”.

    Diante desse quadro, os países do grupo se comprometem “a promover a igualdade de gênero no trabalho de cuidado remunerado e não-remunerado para garantir a participação igualitária, plena e significativa das mulheres na economia, promovendo a corresponsabilidade social e de gênero, encorajando e facilitando o envolvimento igualitário de homens e meninos no trabalho de cuidado e desafiando as normas de gênero que impedem a distribuição equitativa e a redistribuição das responsabilidades de cuidado”.

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