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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    CNN Brasil Money

    Tarifaço pode tornar iPhone nos EUA tão caro como no Brasil; entenda

    Se Apple repassar o novo imposto “Made in China”, celular pode ficar 50% mais caro nos EUA e preço ficará parecido com o do Brasil

    O tarifaço de Donald Trump vai aumentar o preço de milhares de produtos nos Estados Unidos, inclusive aqueles que são símbolo do país.

    A Apple ainda não se pronunciou, mas se houver repasse integral do novo imposto aos itens “Made in China”, o celular aumentará tanto nos EUA que o preço ficará parecido com o do Brasil.

    Os produtos da Apple carregam a orgulhosa frase de que são um típico produto norte-americano: “Designed in California” é a inscrição em todos os produtos da marca.

    Logo abaixo, porém, está a frase que incomoda Trump: “Assembled in China”.

    Ou seja, o produto até é pensado nos EUA, mas a produção fica do outro lado do mundo, na Ásia. E, assim, esses itens estarão sujeitos ao novo imposto anunciado ontem.

    Atualmente, o modelo básico do iPhone 16 custa US$ 799 nas lojas da própria marca nos EUA.

    Diante do dólar atual (em cerca de R$ 5,65) o preço por lá é cerca de 40% menor que o praticado pela mesma Apple no Brasil, onde o mesmo modelo custa a partir de R$ 7.799.

    Ontem, Trump anunciou uma tarifa recíproca de 34% sobre todos os produtos da China.

    Essa alíquota se soma à que já havia sido anunciada, de 20%. Dessa forma, os produtos produzidos em solo chinês – como a maioria dos iPhones – estarão sujeitos a um imposto de 54%.

    O imposto de importação é pago pela empresa importadora que, normalmente, repassa o custo ao consumidor.

    Se a Apple repassar integralmente esse aumento, o valor do celular pode, potencialmente, subir mais de 50%. Com a alíquota integral, o valor no varejo poderia subir a US$ 1.230 ou, na conversão atual, cerca de R$ 6.960.

    Assim, a vantagem de se comprar o telefone nos EUA – onde o preço é de 42% menor que o praticado no Brasil – cai drasticamente para 11%.

    No varejo brasileiro, não é incomum encontrar descontos nesse patamar dos 10% em datas comerciais – como BlackFriday – ou com a contratação de serviços – como planos de dados.

    Carros japoneses

    Outro exemplo de aumento de preços será visto a partir de hoje nos carros.

    O HR-V é um dos modelos mais concorridos da montadora japonesa Honda. Nos EUA, o modelo básico sai a partir de US$ 25.490. Convertido a reais, o valor é cerca de 33% menor que o preço do mesmo modelo no Brasil.

    Se a Honda aplicar todo o imposto de 25% sobre veículos importados que vigor a partir de hoje, o preço poderá subir para perto de US$ 32.000. E, assim, a vantagem de se comprar o veículo nos EUA cairia pela metade, para cerca de 15%.

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