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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    O Plano Fraga para virar o jogo: congelar mínimo e cortar gasto tributário

    Ex-presidente do Banco Central apresentou uma receita para que o Brasil possa finalmente superar os problemas econômicos

    Aos alunos da Universidade de Harvard, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga apresentou uma receita para que o Brasil possa finalmente superar os problemas econômicos.

    “Algo que seja realista e palatável. A receita é: congela o salário-mínimo e reduz os gastos tributários em 2% do PIB. Isso daria 3% do PIB (em redução de gasto público) e o Brasil virava o jogo”, disse, durante o painel da Brazil Conference, evento anual organizado pelos alunos de Harvard e do MIT.

    O ex-presidente do BC reconhece que o congelamento em termos reais do mínimo “não é palatável” para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Mas é que não dá para fazer o salário-mínimo crescendo 2,5% nessas circunstâncias”, disse.

    Fraga argumentou que as prioridades do gasto público no Brasil estão “totalmente equivocadas”. “A soma do gasto com folha de pagamento e Previdência no Brasil atinge 80% dos gastos. Deveria ser 60% do gasto primário”, disse.

    Sobre os gastos tributários, Armínio Fraga chamou atenção para o fato de que o Brasil atualmente renuncia a 7% em tributos para beneficiar setores.

    “Os regimes especiais do Imposto de Renda estão sendo discutidos finalmente. Se você ganha US$ 1 milhão, paga 5% da receita. Como pagar 10% ou 12% é uma vergonha? Fica sem autoridade moral se não discutir”, disse. “Temos que buscar esse dinheiro para ter um juro normal e gastar menor”.

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