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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    CNN Brasil Money

    Larry Fink lamenta protecionismo e faz defesa apaixonada da globalização

    Presidente da maior gestora do mundo reconhece que capitalismo “funcionou para poucas pessoas” e diz que abertura pode corrigir problema

    O principal executivo da maior gestora de recursos do planeta fez uma apaixonada defesa da globalização. Na carta anual aos investidores, o presidente-executivo da BlackRock reconhece problemas e a onda de protecionismo como reação a esse quadro. Larry Fink defende, porém, que a saída é abrir economias e ampliar o acesso – e não o restringir.

    “O protecionismo retornou com força. A suposição tácita é que o capitalismo não funcionou e é hora de tentar algo novo. Mas há outra maneira de ver isso: o capitalismo funcionou, só que para poucas pessoas”, disse Fink no documento, que é uma das referências anuais do mercado global.

    Sem citar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os arroubos protecionistas do republicano, o executivo reconhece que há problemas. Fink diz, por exemplo, que há economias gêmeas, mas invertidas: ricos que ficam ainda mais poderosos, e pobres que só enfrentam dificuldades.

    Diante desse diagnóstico, Larry Fink propõe ao mundo financeiro corrigir a rota, e não desistir da jornada.

    “Os mercados, como tudo o que os humanos constroem, não são perfeitos. São inacabados, às vezes falhos, mas sempre melhoráveis. A solução não é abandonar os mercados, e sim expandi-los”, defendeu.

    Um dos argumentos do líder do maior fundo do planeta é que a globalização – agora, atacada – gerou resultados exuberantes e nunca vistos antes pela humanidade.

    “Nos últimos 40 anos, o Produto Interno Bruto global cresceu mais do que nos 2.000 anos anteriores combinados… Essa era extraordinária de expansão de mercado coincidiu com — e foi amplamente alimentada pela — globalização”, defende.

    Fink reconhece que a prosperidade do mercado global das últimas décadas também foi incentivada pelo período de juros historicamente baixos, mas que o foco, agora, deveria ser entender as razões do aumento das diferenças entre economias e indivíduos. “É claro, nem todos compartilharam dessa riqueza”.

    Por isso, propõe “terminar a democratização do mercado que começou há 400 anos”. Essa estratégia, defende, permite “que mais pessoas tenham uma participação significativa no crescimento que acontece ao redor delas”.

    Assim, o presidente da BlackRock defende que mais investidores tenham acesso ao mercado de capitais. Essa estratégia da “democratização do investimento”, diz, permitiria ampliar a prosperidade e dividi-la de maneira mais justa entre nações e indivíduos. “É expandir a prosperidade em mais lugares, para mais pessoas”, resume.

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