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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

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    Carne no Brasil subiu quase 5 vezes mais que preço de exportação e dólar explica diferença

    Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que o preço pago pelos brasileiros subiu mais que na média internacional e diferença é, basicamente, explicada pelo câmbio

    A alta do dólar tem grande responsabilidade na disparada do preço da carne bovina no Brasil.

    Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que o preço pago pelos brasileiros aumentou quase cinco vezes mais que o valor das exportações. A diferença é, basicamente, explicada pelo câmbio.

    Mensalmente, a FAO acompanha o preço de diversos alimentos no mundo. A pesquisa confirma que boa parte das proteínas animais ficou mais cara em 2024.

    Aos clientes no exterior, produtores brasileiros cobraram média de US$ 4.952 a tonelada da carne bovina em dezembro de 2024. O valor teve reajuste de 4,3% no decorrer do ano passado.

    Para a realização da pesquisa, a FAO observa o preço em dólares por tonelada. No Brasil, são consideradas a carne bovina fresca, resfriada e/ou congelada, conforme dados do Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

    Aos clientes brasileiros, a carne vendida nos supermercados teve aumento muito mais intenso: 20,8%, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Quase cinco vezes mais que o aumento em dólares.

    Mas por que a carne ficou muito mais cara para os brasileiros?

    A explicação está na desvalorização do real. Em 2024, o real se enfraqueceu e o dólar ficou 27% mais caro no Brasil.

    Dessa forma, os produtores acabaram recebendo 27% mais reais ao exportar.

    Essa disparada da moeda teve duas razões: a falta de confiança na política fiscal do governo Lula e a mudança no cenário dos juros nos Estados Unidos.

    Diante dessa mudança, para continuar vendendo no mercado brasileiro, o produtor acaba atualizando o preço em reais para não perder dinheiro. E, assim, o consumidor brasileiro sente a disparada do dólar no bolso.

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