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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    CNN Brasil Money

    Cápsula de café, t-bone e massa italiana: o que também ficará mais barato

    Medida anunciada pelo governo deve aumentar concorrência e reduzir preços de itens básicos, como café, carne e milho, mas medida também vai baratear itens desejados pelos brasileiros

    A decisão do governo de reduzir o imposto de importação sobre produtos alimentícios tem como objetivo reduzir o preço nos supermercados. A ideia é incentivar a importação e concorrência em itens básicos que têm sofrido com a inflação, como café, carne e óleo.

    A medida, porém, também vai acabar beneficiando produtos desejados pelos brasileiros, e que custam mais caro também pelo imposto que passará ser zerado.

    Um bom exemplo são as cápsulas de café.

    Maior produtor do grão no mundo, o Brasil importou US$ 94,8 milhões em café no ano passado. Metade desse valor veio de um único país que não tem um único cafezal: a Suíça.

    De lá, o Brasil comprou US$ 47 milhões. A Suíça é sede da Nestlé, dona da marca Nespresso e fabricante das cápsulas usadas nas máquinas da marca. Sobre essas compras, os brasileiros pagam alíquota de 9%. Essa taxa será zerada.

    Ou seja, a cápsula de café ficará mais barata.

    Assim, a medida que vai baratear a compra do café comum do Vietnã ou Colômbia também vai favorecer, por tabela, uma cápsula de volluto ou ristretto produzida na Suíça.

    Esse é um benefício do qual a economia do Brasil não está acostumada.

    Como o país tem uma economia muito fechada, os itens importados ainda são ligados à ideia do consumo de luxo – conceito que não deveria existir.

    O mesmo vai acontecer com a carne. A decisão que pode baratear a compra dos grandes produtores e vai tornar a carne moída mais barata nos supermercados, também vai baratear a importação de cortes nobres, como o t-bone dos Estados Unidos.

    A mesma situação se aplicará ao macarrão italiano, biscoitos belgas ou franceses.

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