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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

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    Argentina quer barrar taxação de super-ricos em mais um revés do Brasil no G20

    “Linha vermelha” é o termo usado por diplomatas para citar postura dos argentinos; em julho, país apoiou texto sobre tema

    A Argentina impôs mais uma dificuldade nas negociações finais para a costura do comunicado final do G20 no Rio de Janeiro. A reta final das reuniões dos diplomatas vê agora uma nova divergência que envolve a diplomacia de Javier Milei: a taxação dos super-ricos.

    Os argentinos mudaram o discurso sobre o assunto que é discutido desde o início da presidência brasileira. Agora, passaram a ser contra inclusive aspectos já acordados pelos países do grupo.

    “Linha vermelha” tem sido um termo usado pelos argentinos para tratar da taxação dos super-ricos. Ou seja, não querem que o comunicado final faça menção ao tema.

    O comportamento argentino gerou surpresa, perplexidade entre os brasileiros.

    Os países do G20 já tinham chegado a um acordo em julho sobre linhas básicas para a criação de uma futura regra para a taxação global dos super-ricos. O texto ficou aquém das ambições brasileiras, mas houve consenso sobre conceitos básicos.

    “Com pleno respeito à soberania tributária, buscaremos cooperar para garantir que os indivíduos ultra ricos sejam efetivamente tributados”, citava o texto assinado pelos ministros de finanças do G20 em julho – inclusive da Argentina, em reunião no Rio de Janeiro.

    O texto seria a base para o comunicado final a ser assinado pelos chefes de Estado na próxima semana. Agora, há dúvidas sobre o que estará no texto final.

    Entenda a diferença da tributação sobre heranças nos EUA e no Brasil

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