A ideia do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a indicação do secretário-adjunto, Rafael Dubeux, de acordo com fontes da pasta, é ajudar a fortalecer o plano de transformação ecológica da Petrobras, já que ele é o nome do Ministério da Fazenda para assuntos relacionados à transição energética.

O convite a Dubeux para a vaga foi feito por Haddad na segunda (11) e no final de semana os dois já embarcam para Alemanha para acompanhar o “Berlin Energy Transition Dialogue”, um evento com agenda 100% voltada para a transição energética, que acontece entre os dias 17 e 19 de março, em Berlim.

Na avaliação dos analistas ouvidos pela CNN, o nome de Rafael Dubeux não causa nenhuma percepção negativa já que, atualmente, Fernando Haddad é um dos ministros mais queridos pelo mercado.

Mas, para o economista Adriano Pires, será preciso avaliar os próximos passos. “Vamos ver no mundo real, o que vai acontecer daqui para frente, se vai continuar tendo essas divergências entre ministérios e a Petrobras e como Lula vai arbitrar essas divergências”, diz Pires.

Frederico Nobre, líder da área de análise de ações da Warren Investimentos, avalia que a indicação de Dubeux não afeta tanto a percepção de valor da empresa por parte dos investidores, tampouco a percepção do governo em termos de risco da tese da companhia.

Essa percepção vem justamente por causa do bom momento de Haddad, que está sendo avaliado no mercado financeiro de uma forma geral como equilibrado, segundo o analista.

Formado em direito e com doutorado em inovação em energia de baixo carbono, Rafael Dubeux, que atualmente ocupa o cargo de secretário-adjunto da Fazenda, deve ter sua indicação encaminhada pela Casa Civil para a Petrobras e depois ele deve ser submetido ao Conselho da estatal.