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    Débora Oliveira
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    Débora Oliveira

    Certificada pelo Programa B3 de Formação Continuada em Mercado de Capitais para jornalistas com atuação em grandes emissoras, como SBT, Band e RedeTV, e analista de economia sem economês

    Horário de verão: companhias aéreas precisam de 180 dias para adaptação

    Conhecimento das datas de início e término do horário de verão com antecedência é fundamental para planejamento das empresas aéreas, dizem associações

    Após alguns dias da divulgação da nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendando a adoção do horário de verão, as associações que representam o setor aéreo decidiram expressar publicamente a grande preocupação com a possibilidade de retomada da medida por parte do governo.

    Em nota enviada ao blog, assinada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), a International Air Transport Association (Iata) e pela Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib), os representantes do setor explicam que o restabelecimento do horário de verão pelo governo federal de “forma tempestiva” e “sem prazo suficiente” pode ter impactos substanciais para os passageiros e comprometer a conectividade do país, devido às questões operacionais e logísticas do transporte aéreo.

    O documento diz que a entrada súbita do horário de verão causará, por parte das empresas aéreas, alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília.

    Isso pode mudar a hora de saída e chegada dos voos, com potencial de gerar a perda do embarque dos clientes por apresentação tardia, além de eventual perda de conectividade.

    De acordo com as associações, as empresas internacionais também precisarão alterar os horários dos seus voos no Brasil, sofrendo os mesmos problemas logísticos.

    Mais do que a necessidade de reprogramação de voos por parte das companhias e de planos de viagens dos passageiros, outros impactos diretos seriam as escalas de tripulantes, a disponibilidade de slots e a capacidade dos aeroportos, principalmente daqueles com restrições e escassez na alocação de novos horários.

    Por esses motivos, as empresas dizem que o conhecimento com antecedência das datas de início e de término do horário de verão é fundamental para o planejamento das mais de 40 empresas aéreas, nacionais e internacionais, que operam no Brasil.

    Nesse sentido, seria necessário um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de estabelecimento do horário de verão e o efetivo início da mudança do horário.

    Impacto econômico

    Na quinta-feira (19), foi divulgada na reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) uma nota técnica do ONS, que dizia que a adoção do novo horário pode resultar em uma diminuição até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica e em uma economia próxima a R$ 400 milhões.

    Durante esta mesma reunião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que a implementação do horário de verão ainda deve ser novamente avaliada pelo governo e descartou a possibilidade de crise energética este ano.

    Até o momento ainda não há uma definição sobre a retomada da medida que foi suspensa em 2019.

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