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    Débora Oliveira
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    Débora Oliveira

    Certificada pelo Programa B3 de Formação Continuada em Mercado de Capitais para jornalistas com atuação em grandes emissoras, como SBT, Band e RedeTV, e analista de economia sem economês

    Enchentes nos RS: faltam água mineral, ovos e bananas nos supermercados, diz associação

    Procura por água mineral aumentou 12 vezes nos últimos dias, segundo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo

    Os supermercados que estão conseguindo manter suas operações no Rio Grande do Sul estão enfrentando problemas na logística de reabastecimento. São vários os relatos de falta de água para consumo e de prateleiras vazias. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, contou à CNN que o problema maior se concentra agora na capital e na região metropolitana.

    “O grande receio é Porto Alegre, porque teve grande número de trabalhadores dos supermercados que tiveram suas residências inundadas, as crianças sem escolas, então a mão de obra de reposição do setor está bem comprometida”, diz.

    Longo explica ainda que foram vários os fatores que contribuíram para a ausência de água e outros produtos nas prateleiras. Primeiro tem a questão da falta de pessoas para trabalhar devido às circunstâncias da tragédia. Depois a dificuldade na logística de abastecimento por causa das rodovias e pontes comprometidas. Ainda tem o grande número de lojas que foram inundadas e a preocupação natural da população quando percebe a falta d’água nas torneiras.

    “Os mercados estão recebendo água, mas numa quantidade menor do que a demanda, já que a água teve um incremento de venda de mais de 12 vezes”, diz.

    O aumento das vendas também ocorreu por uma importante onda de solidariedade. Muitas pessoas, segundo Antônio, estão preocupadas em comprar alimentos e água mineral para doação. Por isso, além de água, produtos como: ovo, leite e banana também sofreram desabastecimentos pontuais com o aumento da demanda.

    De acordo com informações da Associação, no interior do estado, o fornecimento desses itens já está sendo normalizado. Mas a situação de falta de água para consumo ainda é preocupante em Canoas e na capital, Porto Alegre.

    “O interior responde por 40% da movimentação dos Supermercados e 60% está concentrado na capital e na grande Porto Alegre. Então uma coisa é certa: cerca de 50% da população já está abastecida, faltando atender esse restante”

    Como estão chegando doações de outros lugares e várias entidades já estão dedicadas a cuidar dos resgatados, o presidente da Agas pede que a população procure alimentos apenas para o próprio consumo e de forma consciente.

    “É importante que o consumidor faça (compras) exclusivamente para o seu consumo, um consumo mais consciente e entendendo que em questão de mais dois, ou três dias as águas em Porto Alegre e em Canoas, na zona norte Porto Alegre, já devem começar a baixar. No momento que baixar e os acessos forem liberados, os alimentos e a água chegam, porque nós temos fornecedores”, tranquiliza.