Retaliação a tarifas de Trump é último recurso do governo, dizem fontes
Planalto monitora projeto sobre o tema em tramitação no Congresso


Diante do anúncio do governo de Donald Trump de impor uma taxa de 25% sobre o aço brasileiro, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seguirá apostando no diálogo com os Estados Unidos para mitigar a situação.
Medidas de retaliação por parte do Brasil são consideradas um último recurso, já que o próprio setor brasileiro alerta para os prejuízos que a política de reciprocidade, com o aumento de taxas sobre produtos americanos, poderia trazer.
Ainda nesta semana, técnicos dos governos do Brasil e dos EUA se reunirão para discutir o tema. Ao longo dos próximos dias, outras reuniões sobre o assunto estão previstas, conforme acordado durante uma conferência na semana passada entre o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.
Caso as negociações não avancem, o governo brasileiro tem uma carta na manga. Acompanha de perto o projeto de lei da senadora Tereza Cristina (PP-MS) sobre “reciprocidade”, criado em resposta às exigências ambientais de países europeus, que atuam como barreiras protecionistas a produtos brasileiros. Em linhas gerais, se aprovado, o projeto servirá como um instrumento legal para responder na mesma moeda aos países que impuserem taxas e exigências sobre itens exportados pelo Brasil.