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    Débora Bergamasco
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    Débora Bergamasco

    Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, Istoé e SBT

    Juscelino Filho vai repetir a Lula conversa de um ano atrás

    Ministro das Comunicações diz estar à disposição do presidente para se defender de acusações

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em Genebra que vai conversar com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para esclarecer os episódios que levaram a Polícia Federal a concluir investigação com o indiciamento do chefe da pasta.

    A CNN apurou que o ministro está à disposição para conversar, seja por telefone agora ou pessoalmente, quando Lula voltar ao Brasil.

    O ministro, no entanto, não terá muitas novidades para relatar ao presidente. Há cerca de um ano, os dois já tiveram uma conversa sobre as suspeitas levantadas por reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, que revelaram possíveis irregularidades nos repasses e execução de emendas durante a época em que Juscelino era deputado.

    De acordo com fontes ouvidas pela CNN, o conteúdo dos esclarecimentos serão basicamente os mesmos de um ano atrás. O ministro poderá acrescentar à conversa o desenrolar das investigações, assim como os depoimentos que prestou à Polícia Federal.

    Juscelino Filho ainda não teve acesso ao conteúdo completo do inquérito, que segue em sigilo.

    A declaração do presidente no exterior de que o ministro “tem o direito de provar que é inocente” foi recebida com satisfação por aliados de Juscelino.

    Apesar de críticas de que o União Brasil, a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, entregue votos abaixo do esperado aos projetos de interesse do governo federal, a avaliação no partido é a de que Juscelino é o ministro do partido com maior poder de articulação com os deputados. Defendem que ele é o mais empenhado nas costuras em votações e que seria desvantajoso ao governo prescindir deste canal.

    Nos bastidores, alas do PT defendem a substituição do ministro. O partido gostaria de comandar a pasta das Comunicações, considerada estratégica. Entretanto, integrantes do União Brasil não acreditam na demissão do ministro, mas, se acontecer, avaliam que não perderão o comando da pasta.

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