Governo dobra esforço para tentar barrar bônus para magistrados
Bônus na remuneração de magistrados pode custar R$ 1,8 bi; texto segue para análise do plenário do Senado após ser aprovado em comissão
O governo vai reforçar a articulação no Senado para tentar barrar no plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada nesta quarta-feira (17) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O texto prevê pagamento de bônus para o Judiciário e o Ministério Público a cada cinco anos, com impacto previsto de ao menos R$ 1,8 bilhão. As projeções da Fazenda são ainda maiores.
Na Casa Civil, o tema é considerado uma pauta bomba. A mobilização do governo poderá incluir Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União, a AGU) e até governadores.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse à CNN que “a proposta é uma irresponsabilidade com o Brasil”.
Randolfe avalia que será possível derrubar o projeto ainda no plenário. Destacou que, na CCJ, parlamentares considerados independentes já votaram contra, como Eduardo Girão (Novo-CE) e Oriovisto Guimarães (Podemos- PR).
“A oposição será chamada agora a mostrar coerência quando pedem ao governo responsabilidade fiscal”, finalizou.