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    Débora Bergamasco
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    Débora Bergamasco

    Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, IstoÉ e SBT

    Após manifestação, entorno de Bolsonaro vê nome de Michelle crescer para disputa à Presidência em 2026

    Antes disso, caso Sergio Moro perca o mandato de senador, ex-primeira-dama pode concorrer à vaga pelo Paraná

    O entorno de Jair Bolsonaro (PL) vê a ex-primeira-dama Michelle mais forte e como principal nome da oposição para o Palácio do Planalto em 2026, após o discurso dela em ato na Avenida Paulista, no último domingo (25).

    Caso o ex-presidente permaneça inelegível, a direita terá que escolher uma alternativa para representar o bolsonarismo nas urnas e enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventual corrida pela reeleição.

    De acordo com pesquisas internas de aliados próximos de Bolsonaro, Michelle vem se fortalecendo. No levantamento mais recente, ela teria aparecido apenas oito pontos atrás de Lula.

    O desempenho de Michelle em cima do trio elétrico, diante de milhares de pessoas, sem timidez ou hesitação, com discurso inflamado e emocionado empolgou estrategistas políticos.

    Outros possíveis presidenciáveis com o aval de Bolsonaro são políticos já testados nas urnas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

    Pessoalmente, o ex-presidente não gostaria que Michelle concorresse à Presidência, especialmente por conta dos ataques praticados, de forma inexorável, durante uma campanha eleitoral e durante o próprio exercício do mandato. Mas, se ela despontar como a concorrente mais forte para derrotar Lula, aliados avaliam que será difícil abrir mão desse trunfo.

    Senado Federal

    Caso não se lance à Presidência, a eleição de Michelle Bolsonaro ao Senado Federal é dada como certa pelos bolsonaristas. E há dois caminhos traçados até agora. O mais natural será concorrer pelo Distrito Federal em 2026, quando haverá duas vagas por estado.

    No entanto, se o senador Sérgio Moro (União-PR) perder o mandato nos próximos meses, outra possibilidade praticamente sacramentada dentro do PL é que a ex-primeira-dama dispute a vaga pelo Paraná.

    Se vencer, ela ganharia ainda mais visibilidade política com a tribuna do Parlamento à sua disposição.