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    Débora Bergamasco
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    Débora Bergamasco

    Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, IstoÉ e SBT

    Aliados de Nísia se queixam de abandono por governo e PT

    Entorno da ministra vê diminuição do espaço de mulheres na Esplanada e lamenta troca iminente por outro homem

    Diante da ameaça de demissão iminente, o entorno da ministra da Saúde, Nísia Trindade, reclama do “abandono” das mulheres do governo e do PT na defesa de sua permanência à frente da pasta.

    Também está sendo notada, segundo queixas ouvidas pela CNN entre interlocutores de Nísia, uma ausência de mobilização para que, se a ministra de fato for demitida, seja substituída por uma outra mulher.

    Estão no páreo para ocupar a Saúde o ministro Alexandre Padilha, atualmente titular da Secretaria de Relações Institucionais, e Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (PT).

    Desde o início da gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já demitiu duas mulheres e escalou dois homens para seus cargos — Ana Moser, trocada por André Fufuca (PP) no Ministério dos Esportes, e Daniela Carneiro, que deu lugar a Celso Sabino (União) no Turismo. Além da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, substituída por Carlos Antônio Vieira Fernandes.

    A primeira-dama, Janja da Silva, que era apontada como próxima a Nísia, está recolhida em relação a essa possível mudança.

    Defesa pontual

    Um grupo de três conselheiros regionais do Conselho Federal de Medicina (CFM) dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Rio de Janeiro divulgou um vídeo com críticas heterodoxas, acusando a ministra de ser responsável por trazer de volta ao Brasil “as sete pragas do Egito”.

    Esse ataque específico foi alvo de reação de alguns parlamentares do PT, como a deputada federal e presidente da legenda, Gleisi Hoffman (PR), Além dos deputados Lindberg Farias (RJ), Jack Rocha (ES) e Maria do Rosário (RS). Mas nenhum deles pediu a permanência dela na pasta, tampouco exigindo que a vaga fique para outra mulher.

    Atualmente, dos 39 ministérios, dez são ocupados por mulheres.

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