O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer formalizar a indicação do novo presidente do Banco Central antes das eleições municipais de outubro, segundo auxiliares diretos do petista.

Entretanto, não basta indicar. Para formalizar a escolha é preciso convencer senadores a sabatinar o nome antes do prazo. O mandato de Roberto Campos Neto termina no dia 31 de dezembro.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse à CNN que não se opõe à antecipação. “Não faço objeção e admito o diálogo sobre isso”, disse Pacheco.

O presidente do Senado ponderou que a negociação também passa por líderes e pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado.

“Não depende só de mim. Precisa ser construído com líderes e o presidente da CAE”, ressaltou.

O presidente da comissão em questão é o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). À CNN, ele reforçou que a decisão será compartilhada e deixou claro que não criará nenhum empecilho para antecipação.

“Mas eu não vou ser empecilho para nada. Se ficar definido, a gente pauta, sabatina e toca o barco. Tenho essa mesma cautela do Pacheco de conversar antes”, afirmou.

Vanderlan aproveitou para fazer elogios ao nome de Gabriel Galípolo, que é o nome mais cotado para ser indicado pelo governo.

“Tudo indica que é o Gabriel (Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central), né? Ele foi uma grata surpresa, eu gostei muito dele, desde que foi sabatinado. A gente achou que ele ia divergir e, nada. Ele ali é Banco Central”, disse.

Atual titular do BC, Campos Neto também defende que a sabatina aconteça este ano, para garantir uma transição suave e incertezas diante de um eventual período de vacância na presidência da autarquia.