Para aliados de Lula, troca na Secom imprime novo ritmo ao governo
Novo comando na pasta contribui para pressionar ministérios a entregarem resultados, avaliam pessoas próximas do presidente


A chegada de Sidônio Palmeira ao comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência tende a imprimir um novo ritmo ao governo, na avaliação de interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Uma das missões prioritárias do novo ministro, segundo os relatos, será obter, dos ministérios, um compromisso mais firme com a apresentação de projetos que possam ser transformados em marcas da gestão.
A indicação dele, na visão de líderes que acompanham a transição na Secom, contribui para pressionar ministros a entregarem mais resultados. A ideia, dizem, é que a linguagem seja unificada, para que a Secretaria e os ministérios sigam uma mesma linha na divulgação dessas informações.
Embora enxerguem, nas mudanças da Secom, um elemento de pressão sobre as pastas, petistas próximos ao presidente minimizam o risco de se formar uma onda de fogo amigo contra Sidônio Palmeira. A tese é que os próprios ministros reconhecem a necessidade de guiar toda a comunicação com uma estratégia única. E que o respaldo dado por Lula a Sidônio é suficiente para assegurar adesão ao plano do novo ministro.
Segundo um aliado próximo de Lula, Sidônio também tem, no currículo, uma característica que contribui para aliviar o fogo amigo: o fato de não ser um político. Por isso, afirma essa fonte, o novo ministro tem como único objetivo entregar a melhor estratégia possível para a comunicação governamental. Inclusive ele mesmo destacou, no discurso de posse, o fato de não ter um projeto político próprio.