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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Governo faz diagnóstico otimista sobre queda do preço de alimentos

    Dólar, safra, mudanças no VR, estímulo à produção agrícola e negociação com varejistas seguem no radar

    Após uma longa rodada de reuniões, o governo federal traçou um diagnóstico otimista a respeito das perspectivas para conter a inflação de alimentos.

    A avaliação compartilhada por ministros é que fatores externos ao governo e medidas pontuais a serem adotadas pela administração federal devem ser suficientes para reduzir já nos próximos meses a pressão sobre os preços.

    Entre as medidas efetivas que devem ser adotadas pelo governo, uma das mais adiantadas é a nova regulamentação do Vale Refeição e Vale Alimentação. Segundo um ministro, a ideia de mudar as regras para que as transações por meio desses cartões sejam barateadas é vista como uma forma de fazer uma entrega rápida diante da forte pressão nos preços.

    Mas há grande atenção do governo também em outra frente: o estímulo à produção agrícola. Segundo auxiliares de Lula, o governo está convencido de que esta seria a forma eficiente de estimular a oferta no mercado interno, fornecendo de uma vez só um fator de crescimento econômico e um barateamento dos preços ao consumidor.

    Apesar das medidas em estudo, o governo se apoia em grande parte em fatores externos para traçar um cenário otimista.

    Fontes que participaram dos últimos encontros a respeito do tema apontam que uma das maiores apostas segue sendo a melhora do câmbio, com um recuo do dólar frente à moeda brasileira.

    O ministro Fernando Haddad, segundo os relatos de outros ministros, compartilhou uma avaliação de que o dólar tende a se manter em um patamar mais “razoável” daqui para frente.

    Há também a expectativa de que a safra de determinados itens será boa neste ano. E que a aproximação do fim do ciclo do boi, período necessário para que os bovinos estejam prontos para o abate, contribua para aumentar a oferta de carne.

    Diante desses fatores, o governo já decidiu que não adotará nenhuma medida que possa significar um impacto fiscal elevado demais, segundo auxiliares de Lula.

    Ainda assim, o governo vai seguir com os esforços de negociação com varejistas para buscar soluções conjuntas para redução dos preços ao consumidor. O próprio presidente Lula já propôs uma nova reunião com supermercados para discutir o assunto.

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