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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Com tom conciliador, Sidônio deve dar “linha única” à comunicação do governo

    Para aliados, novo olhar nas redes e integração maior devem pautar nova comunicação do governo Lula

    A chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social da Presidência deve vir acompanhada de um tom conciliador, com uma integração maior entre todas as estruturas que hoje afetam a construção da imagem do governo e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao menos esta é a expectativa de quem convive há anos com o publicitário baiano.

    Segundo petistas que acompanham de perto as mudanças na pasta, Sidônio deve trabalhar para construir uma marca sólida para o terceiro mandato de Lula, dando maior visibilidade a projetos e programas com potencial de elevar a popularidade do governo. Para isso, ele tende a definir uma “linha única” a ser seguida na comunicação de cada órgão governamental.

    Nos bastidores, espera-se que Sidônio também faça uma espécie de pente-fino nos contratos de publicidade do governo. Seria um caminho para identificar as áreas em que a propaganda governamental falhou em entregar resultados satisfatórios até agora. Há queixas, por exemplo, quanto à baixa visibilidade de realizações dos ministérios. Um exemplo de programa que pode ganhar destaque é o Pé-de-Meia, que oferece uma poupança a jovens que concluírem os estudos.

    Junto a esse diagnóstico, parte expressiva das atenções deve se voltar às redes sociais. Como a CNN antecipou, estão na mira gastos milionários da Secom com publicidade nas grandes plataformas, que somaram quase R$ 30 milhões apenas em 2024.

    A tese é que o governo errou até agora ao tentar repetir a receita do bolsonarismo nas redes, com direito a críticas veladas à oposição em postagens oficiais da pasta. Esse tom “truculento”, de acordo com fontes próximas do presidente Lula, tende a ficar para trás. Mas despesas em publicidade nas redes não necessariamente sofrerão reduções. Podem até aumentar, de acordo com um interlocutor, porém passarão a ser guiadas por uma nova estratégia.

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