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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Aliados de Lula exaltam Kamala, mas torcida era por Michelle Obama

    Líderes governistas dizem que ex-primeira-dama teria mais afinidade com Lula e ajudaria a ressuscitar o apelido dado a ele por Barack Obama

    Sobraram elogios no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Kamala Harris, que desponta como favorita para substituir o presidente americano Joe Biden na corrida à Casa Branca. Mas, nos bastidores, a torcida de líderes governistas era mesmo para que Michelle Obama assumisse a candidatura democrata à Casa Branca.

    Para aliados próximos de Lula ouvidos pelo blog, uma eventual entrada de Michelle na disputa seria a oportunidade de ressuscitar “O Cara”. Era assim que Barack Obama se referia ao presidente brasileiro durante seu segundo mandato no Palácio do Planalto, pelo fato de o petista ostentar índices de popularidade de mais de 80%.

    O apelido nasceu em 2009, durante uma reunião do G20 em Londres. Em uma conversa informal ao lado do então secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, e do primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, Obama parou para cumprimentar Lula e disparou: “Esse é o cara. Eu adoro esse cara. Ele é o político mais popular do mundo”.

    O time governista admite que Kamala Harris apresenta algumas credenciais importantes para mobilizar a base democrata. Primeiro, há o fato de estar no exercício da vice-presidência. Isso, por si só, lhe dá forte exposição junto ao eleitorado. Além, é claro, do forte componente de diversidade que a sua candidatura expressaria. Se confirmada candidata, Kamala Harris terá não só a oportunidade de se tornar a primeira mulher negra a presidir os Estados Unidos, como trará consigo raízes indianas herdadas de sua mãe.

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