Clarissa Oliveira

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Clarissa Oliveira

Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

A reação de Arthur Lira à tese de que paralisou o projeto das fake news

Segundo pessoas próximas ao presidente da Câmara, detalhes do grupo de trabalho podem ser anunciados ainda nesta semana
Arthur Lira, sentado, olha para o lado direito enquanto fala e gesticula com a mão esquerda, com o indicador em riste. Na mão direita, segura uma caneta
Arthur Lira, sentado, olha para o lado direito enquanto fala e gesticula com a mão esquerda, com o indicador em riste. Na mão direita, segura uma caneta  • Marina Ramos/Câmara dos Deputados
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Nas conversas com pessoas próximas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vem indicando que pode acelerar o anúncio de detalhes sobre a formação do grupo de trabalho que assumirá de agora em diante a discussão da regulamentação das redes e da disseminação de fake news. Segundo fontes ligadas ao presidente da Câmara, não está descartada a possibilidade de serem divulgadas novidades ainda nesta semana.

A movimentação é uma resposta à tese de que, ao criar um grupo de trabalho para discutir o PL das Fake News, o presidente da Câmara protelou o debate e inviabilizou sua votação no curto ou mesmo médio prazo.

A ideia, segundo uma fonte próxima de Lira, é investir na tese de que a criação de um grupo de trabalho se assemelha ao que foi feito na reforma tributária. “É preciso lembrar que foi isso o que resolveu a reforma tributária. A lógica é a mesma”, afirmou o interlocutor.

Parte das atenções, estão voltadas à escolha de um novo relator. Como informou mais cedo o analista da CNN, Pedro Venceslau, a ideia é que seja um nome mais “neutro”.

O texto vinha sendo relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que, na avaliação de fontes próximas a Lira, teria “levado demais para a mídia” a discussão a respeito desse tema. Aliados de Lira também concordam com a ideia de que o novo relator deve ser um nome menos suscetível à polarização do debate político e, de preferência, o parlamentar mais experiente.